No Japão existe um número muito
grande de estilos e escolas do Karatê-Dô. Os mais conhecidos atualmente são:
Shotokan-ryu, Goju-ryu, Wado-ryu (caminho da
paz) e Shito-ryu. Todos eles criados na primeira metade do século XX. O
Kyokushin (verdade final) é outro estilo muito popular, apesar de mais recente.
Com o tempo estas escolas chegaram a outros países e hoje contam com milhares
de praticantes
Além desses, existem: Shaolin, Shobayashi,
Matsubayashi-ryu, Kobayashi-ryu, Matsumura Seito e Matsumura Motobu. Destes
originaram-se estilos como o Chito-ryu, Shorinji-ryu (Kempo), Shorei-ryu.
Outros estilos importantes incluem o Seido,
Uechi-ryu, Shudokan, Shukokai, Isshin-ryu e Shindo jinen-ryu. Alguns mestres do
Karate criaram estilos que são a combinação de vários estilos, um exemplo seria
o JIKC (Japanese International Karate Center).
• Goju-ryu
• Shotokan
• Shotokai
• Shudokan
O estilo de Karatê Shotokan é caracterizado
por posturas que dão estabilidade e força aos movimentos. No outro extremo
temos o Wado-ryu que dá preferência a movimentos rápidos e sutis (conhecidos
como tai sabaki) que permitem ao praticante esquivar-se de ataques e promover
rápidos contra-ataques. O estilo Wado-ryu foi introduzido no ocidente por
Tatsuo Suzuki. O estilo Shito-Ryu é basicamente o resultado da combinação das
características do estilo duro-linear do SHURI-TE de Yasutsune “Anko” Itosu com
estilo mais suave-circular do NAHA-TE de Kanryo Higashionna.
No Japão moderno existem duas correntes
principais de Karatê: os estilos de Karatê tradicional como o Shotokan,
Goju-ryu, Wado-ryu e Shito-Ryu, assim chamados porque foram os primeiros, todos
fundados antes da II Guerra Mundial, e os estilos de Karatê Full Contact como o
Kyokushin-kaikan fundado por Masutatsu Oyama. O Karatê Full Contact é assim
denominado porque neste estilo é enfatizado a quantidade de danos causados ao
oponente ao invés da qualidade da técnicas demonstradas. A maioria dos estilos
de Karate Full Contact tem a sua origem no estilo Kyokushin.
Fonte: www.ishindo.org.br
SHOTOKAN-RYU KARATÊ-DÔ
Shotokan é um dos estilos de Karatê, surgido dos pensamentos e
visão do Gichin Funakoshi a respeito do Karatê ensinado em Okinawa. O
repertório técnico do estilo foi baseado no do Shorin-Ryu, mas, devido aos
estudos empreendidos pelo filho do Mestre, Yoshitaka Funakoshi e sua
influência, várias técnicas foram incorporadas e/ou modificadas, de modo a
refletir o escopo almejado, que era o de valorizar mais o lado físico e social,
como forma de promover o desenvolvimento pessoal.
Mestre Gichin Funakoshi em princípio não denominou o que ele
ensinava de um estilo próprio, mas, antes de tudo, afirmava que ensinava
karatê. Por outro lado, é certo que ele ensinava a arte marcial de acordo com
sua visão e entendimento particulares sobre a mesma, mas isso seria explicado —
também segundo o próprio mestre comentava — como uma consequência natural, pois
vários professores ensinariam uma mesma disciplina de modos diferentes.
O que ensinava como karatê, somente foi denominado como shotokan,
quando, seus alunos, como forma de homenagear seu mestre, confeccionaram uma
placa de madeira com a inscrição Shotokan, que significava casa de Shoto e a
colocaram em seu Dojo, que passou a ter esse nome. Isto porque Shoto era um
pseudônimo utilizado pelo mestre Gichin Funakoshi quando escrevia suas obras ou
artigos literários.
Segundo ele dizia, escolheu este nome porque representava algo de
que gostava muito, ou seja, o barulho do vento nos pinheiros (Shoto = som dos
ventos nos pinheiros).
Características
O Shotokan-ryu Karatê-dô caracteriza-se por bases fortes e golpes
no corpo inteiro. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao
deslocamento e todo movimento começa com uma defesa; isto porque o estilo
Shotokan é a arte do contra-ataque.
Todas as técnicas tem como centro de gravidade o baixo ventre,
chamado de tandem ou hara. Trata-se do ponto de força e equilíbrio, de onde
nascem todas as técnicas. Por este motivo, as técnicas do estilo Shotokan de
Karatê-Dô são tão difíceis de dominar, mas com o desenvolvimento do seu
praticante e o correto domínio da técnica o seu poder é quase sobre-humano.
As bases técnicas do karatê, estilo Shotokan, foi fundamentada nos
estilos Shuri-te e Shorin-Ryu, porém, com as devidas modificações introduzidas
inicialmente por Gichin Funakoshi Sensei, e posteriormente por seu filho
Yoshitaka Funakoshi, que inseriu as técnicas de chute mae geri e ushiro geri.
O que difere o Shotokan de outros estilos de Karatê-Dô é a ênfase
dada a questões como concentração e estado de espírito, para desenvolver o
controle emocional e a capacidade de raciocínio em situações de conflito ou
forte pressão psicológica.
Fonte: www.ishindo.org.brGOJU-RYU KARATÊ-DÔ
Karate-Do Goju-Ryu – é um estilo de Karatê
que foi desenvolvido por Chojun Miyagi, tendo sua origem em Naha, Okinawa. O
estilo conjuga técnicas rígidas com fomas suaves. Daí seu nome go (em japonês:
duro), ju (em japonês: suave), ryu (em japonês: ryu, fluxo, escola), estilo de
fluxo forte e suave. A marioria das técnicas de sensei Miyagi foram-lhe
ensinados pelo mestre Kanryo Higashionna, do tradicional estilo Naha-te.
O Goju-Ryu Karatê-Dô foi fundado oficialmente
no ano de 1933 pelo Sensei Chojun Myiagi. Ele nasceu a 25 de Abril de 1888, em
Naha, Okinawa, tendo vindo a falecer em Outubro de 1953. O seu instrutor foi o
Sensei Kanryo Higashionna (também chamado Higaonna), o fundador do Naha-Te.
Kanryo Higashionna nasceu em 10 de Março de
1853, tendo falecido em 1915, aos 63 anos. Fazia parte da baixa nobreza. Ele
queria viajar para a China a fim de estudar, mas não tinha dinheiro para a
viagem, quem o ajudou foi um proprietário de navio mercante. Assim, em 1868,
quando ainda jovem, foi para Fuzhou ou Foochow que é a capital da província de
Fukien ou Fujian, na China. Lá, foi discípulo de um mestre Chinês chamado Woo
(“Ru”, em japonês), ou Ryu Ryu Ko, o qual o levou consigo por inúmeras escolas
de Boxe Chinês, treinou o estilo chamado Pak Hok Pai ou White Crane. Kanryo
Higaonna Sensei havia passado de 13 a 16 anos (o período varia de acordo com a
fonte de consulta)na China treinando com Ryu Ryu Ko. Após o seu regresso a Okinawa,
homenageou o proprietário do navio, Yoshimura, e começou a ensinar seus filhos
a arte que ele tinha aprendido. Com a propagação da fama de suas grandes
habilidades, ele passou a ensinar os membros da família real. Mais tarde, ele
abriu seu próprio dojo.
Kanryo Higaonna tornou-se especialmente
conhecido por sua incrível velocidade, força e poder. Sua arte tornou-se
conhecida como Naha-te. Após a sua morte, o seu sucessor foi o Sensei Chojun
Myiagi.
Por volta do ano 1899, quando contava onze
anos de idade, Chojun Miyagi foi treinar artes marciais com Ryuko Aragaki, cuja
lições se concentraram em desenvolver o físico por meio do treinamento com
equipamentos como pesos de pedra (chishi), jarros de barro (nigiri-game) e
makiwara.
Em 1901, o aluno Miyagi foi apresentado ao
mestre Kanryo Higashionna, quando aprende todos os katas do estilo. Neste
aspecto Miyagi diferencia-se de Higaonna, porque, para este último, um carateca
deveria concentra-se num único kata por anos a fio, até conhecê-lo
profundamente, mas Miyagi demonstra ser possível aprender todos os aspectos do
Naha-te. Contudo, com Miyagi, o treinamento é estremanente árduo e é dado
especial foco no kata Sanchin.
Por influência de seu mestre e, na companhia
de seu amigo Yoshikawa, Chojun Miyagi faz sua primeira viagem até a China, o
que veio a influenciar indiretamente o estilo, fato que é visto em alguns kata.
Ficou lá por quatro anos, seguindo os passos do seu mestre, onde treinou os
estilos Pa Kua Chang e Shaolin Chuan. Voltou a Okinawa e, baseando-se no
princípio do YIN-YANG (as energias negativa e positiva que regem o universo),
ele uniu a flexibilidade das artes chinesas à rigidez do Naha-Te, criando o
Goju-ryu – A Escola do Rígido e Flexivel. Porém, as bases do estilo já haviam
sido estabelecidas pelo mestre Kanrio Higaonna, discípulo do mestre Chinês Woo
(“Ru”, em japonês), ou Ryu Ryu Ko.
Fonte: www.ishindo.org.br
KENYU-RYU KARATÊ-DÔ
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. (Redirecionado de Kenyu Ryu)Kenyu-Ryu Karatê-dô Kempo (em japonês: 賢友流 拳法流 空手, Kenyu-ryu Karate Kempo) é um estilo de Karatê que foi fundado em 1939 por Takamassa Tomoyori.HISTÓRIA
Em 1905, nasceu Takamassa Tomoyori. O mestre
começou a aprender a arte marcial (Te) aos cinco anos de idade, em Okinawa, na
cidade de Mutobu, com os mestres Ahagon e Arakiri (também dominavam a arte
marcial “Nampa Ken”, vinda do sul da China).
Aos quatorze anos, Takamassa Tomoyori começou a
treinar com o mestre Chojun Miyagui (fundador do estilo Goju-ryu) em Osaka e
aos 22 anos passou a treinar com mestre Kenwa Mabuni (fundador do estilo
Shito-ryu).
A denominação Kenyu-Ryu deve-se à junção de KEN (do
nome de seu professor Kenwa Mabuni) e YU (pronúncia de Tomo em Japonês de
Tomoyori), e Ryu significando “estilo”.
O chefe atual do estilo é Ryuchiro Tomoyori, filho
de Takamassa Tomoyori.
Ryuchiro foi sensei de Akio Yokoyama, que em 1965
embarcou em um navio com destino ao Brasil. Em 1967, Akio Yokoyama fundou a
academia Tenri Dojô de caratê no centro da cidade de Belo Horizonte, Minas
Gerais.
Takamassa Tomoyori estudou com mestre Miyagui na cidade de Naha, responsável pela linha Naha-te, portanto, parte da raiz do estilo Kenyu Ryu.
Takamassa Tomoyori estudou com mestre Miyagui na cidade de Naha, responsável pela linha Naha-te, portanto, parte da raiz do estilo Kenyu Ryu.
NO BRASIL
A história do estilo Kenyu-Ryu no Brasil e em Minas
Gerais, começa com a chegada de Sensei Akio Yokoyama no porto de Santos, São
Paulo, vindo diretamente do Japão, recém formado na Universidade de Tenri. Em
Tenri formou-se em Ciências Contábeis e Administrativas, onde treinou Karatê,
graduando-se 4º dan, sendo campeão Universitário.
Dois anos depois, ou seja no ano de 1967, sai do
Samurays para fundar a sua própria academia a TENRI DOJO, localizada no centro
de Belo Horizonte, que funcionou durante mais de 25 anos. Sentindo a
necessidade de divulgar o Karatê como esporte, em 1970 funda a Federação
Mineira de Karatê, com o apoio do presidente da Federação Mineira de Pugilismo
o Prof. Shober, o artista plástico Jarbas Juarez, idealizador da bandeira e escudo,
ficando a parte jurídica do estatuto com o advogado Salomão Cateb.
Importante frisar que com todos esses suportes a federação
pode participar do campeonato brasileiro desde o seu primeiro evento.
Mais tarde com a formação de faixas pretas, Sensei
Akio fundou a “Associacao Kenyu Ryu Karate Kempo do Brasil -AKKB”, e no
desdobramento de seu trabalho na América Latina, criou a PKKU “Panamerican
Karate Kenyu-Ryu Union”.
Akio era professor da Academia Freizer, ministrando
aulas para veteranos e organizando a disseminação do Karatê-DO junto às
diversas associações de Minas Gerais, Brasil e outros países até 23 de Março de
2012, quando faleceu em Belo Horizonte.
CARACTERÍSTICAS
O estilo tem um jovem dragão no escudo, a
característica de jovem atribuída a ele se deve pela necessidade de amadurecer
e crescer.
Devido à influência de linhas e estilos o Karatê
Kenyu-Ryu tem uma característica forte nos movimentos circulares e de esquivas,
tornando-o assim muito técnico e complexo.
REFERÊNCIAS
1. [KENYU-RYU http://www.kenyuryu.hpg.ig.com.br/] (em português) Acesso em 24.nov.2010.
Obtida de “http://pt.wikipedia.org/wiki/Kenyu-ryu“
1. [KENYU-RYU http://www.kenyuryu.hpg.ig.com.br/] (em português) Acesso em 24.nov.2010.
Obtida de “http://pt.wikipedia.org/wiki/Kenyu-ryu“
Fonte: www.ishindo.org.br
Nesta época, o arquipélago Ryukyu era formado por aproximadamente 70 ilhas, localizado entre Taiwan e o Japão. Okinawa é a principal ilha deste arquipélago, que se dividia em três reinos: Hoku San, Chu San e Nan San; mais tarde, em 1429, unificada pelo Rei ShoShin de Chu San, que buscando a estabilidade política e paz no seu reino, proibiu o uso de armas.
FORÇA: A aplicação da força é de dentro pra fora e é importante concentrá-la instantaneamente. Portanto, embora a linha de “enbu” (movimento das partes do corpo durante o exercício de arte marcial) seja reta, para o ataque e a defesa são exigidas agilidade aproveitando o movimento circular e, eles devem ser reunidos em um só movimento com rapidez e inteligência.
LONGEVIDADE: No estilo Shorin-Ryu, por causa das suas características, há muito mais pessoas de longa vida, e nas épocas em que diziam que a vida do homem é de cinqüenta anos, os mestres terminavam a vida com mais de oitenta anos. Este fato da convicção de que este estilo é uma arte marcial mais apropriada para saúde também.
Assim, o Wado-Ryu Karatê-Dô se baseia em três alicerces:
O Wado-Ryu (caminho da paz) é um estilo de Karatê-Dô criado, em 1934, pelo Sensei Hironori Otsuka, à partir das técnicas do Ju-jutsu tradicional japonês, mescladas às técnicas de diferentes estilos de Karatê-Dô, com maior ênfase no estilo Shotokan, criado e difundido por O-Sensei Gichin Funakoshi.
KYOKUSHIN-RYU KARATÊ-DO
O estilo Kyokushin de Karatê-Dô foi criado em
1964, pelo mestre Sosai Masutatsu Oyama, um coreano radicado japonês, que após
treinar diversos estilos marciais resolveu criar sua própria escola, com base
nos princípios do Budô.
A palavra Kyokushin é formada por dois
ideogramas; Kyoku, (que significa puro, último) e Shin (que significa espírito,
verdade); em conjunto quer dizer “A última verdade”. É um estilo de karate
desenvolvido, em que dar-se maior ênfase no condicionamento físico/mental do
praticante.
“ Kyokushin-ryu Karatê-dô tem como símbolo o
Kanku, que tem a sua origem na forma avançada do kata “kankuDai”. Neste kata,
as mãos são levantadas para o céu enquanto os dedos se tocam. O logo utiliza os
pontos para interpretar os dedos, significando os topos da montanha, as seções
largas interpretam os pulsos como o vale entre as montanhas, que no seu
conjunto simbolizam a luta contínua do treino com os seus altos e baixos. O
círculo central representa a infinidade e a circunferência do logo, mantendo-o
intacto, representa continuidade e movimento circular. E a utilização destes
movimentos circulares que diferenciam o kyokushin karatê dos outros estilos de
karatê, que dependem de movimentos simples e lineares.”
(http://www.kyokushin-brasil.com.br)
Podemos afirmar que o estilo Kyokushin Karatê
é um dos mais modernos, pois foi criado na década de 1960, e muitas de suas
técnicas e filosofia decorrem do que Mestre Oyama aprendeu ou experimentou de
outros estilos que praticou.
A filosofia empregada no Kyokushin busca
alicerçar-se nos princípios do Budô, o respeito preconizado no shintoismo, a
dedicação e humildade do budismo, a responsabilidade e justiça do
confucionismo, bem como na harmonização do ki e o uso da sabedoria para
resolver as questões do dia-a-dia.
A sua prática enfatiza o
auto-aperfeiçoamento, disciplina e treinamento duro. Nesse sentido, diz-se que
são necessários mil dias de treinamento árduo para chegar ao limiar da
filosofia Kyokushin, quando se pode pensar em treinar por mais dez mil dias
ininterruptos para compreender este Caminho. Significa dizer que o caminho do
kyokushin é longo e difícil, de dedicação incansável e constante.
Tecnicamente o que diferencia o Kyokushin dos
demais estilos de karatê é o seu conjunto de técnicas curtas e potentes, em que
se busca nocautear o adversário com um só golpe, enquanto se treina a
resistência do corpo e fortalecimento do espírito.
Filosofia Do Kyikushin
Por Shihan Seiji Isobe
São necessários mil dias de efetiva participação na
academia para se chegar apenas ao limiar da filosofia Kyokushin, e dez mil dias
de árduo treinamento para se alcançar sua compreensão total. É um caminho longo
e difícil, de dedicação incansável e constante.
Comparo à escalada de uma montanha íngreme e
rochosa. Nos treinos de Kyokushin, não há descanso nem atalhos que encurtem a
chegada.
Nessa preparação do corpo e do espírito, a
humildade é fundamental para se adquirir segurança e, daí, autoconfiança e uma
visão maior da vida.
Os primeiros mil dias o colocam na porta de entrada
da filosofia Kyokushin e correspondem ao período que vai da faixa branca à
faixa marrom.
Só quando recebe o primeiro grau de faixa preta, o
aluno se inicia efetivamente na filosofia Kyokushin.
O treinamento não é um caminho florido; é rotina
repetitiva e simples. Suportar essa rotina é a coisa mais importante, é o meio
de adquirir a confiança em si, a base do autocontrole, para então adquirir uma
total e perfeita serenidade de espírito.
Os professores jamais poderão esquecer essa
disciplina rígida, muito menos afrouxá-la, devendo trilhar sempre o bom exemplo
da integridade e firmeza, e dispensar aos alunos sua melhor orientação,
mostrando-lhes o próprio suor nos treinos diários e as virtudes da dedicação
constante.
Disse meu mestre, Masutatsu Oyama: “o pastor tem o
dever de levar diariamente suas reses ao rio, mas beber ou não a água dependerá
do animal”.
E acrescentou: “perder dinheiro é perder pouco;
perder confiança é perder muito; mas, perder a coragem é perder tudo, porque
perderá a si próprio”.
"Dinheiro não é tudo, nem o mais importante na vida. Ele deve vir naturalmente a você, como consequência de seu trabalho honrado"
Realmente, perder a confiança é grave, pois não há como recuperá-la com dinheiro. No entanto, a coragem franca é a virtude capital. Sem coragem, perdemos as mais esplêndidas chances da vida. O covarde erra o alvo e, por fim, perde a si próprio.
"Dinheiro não é tudo, nem o mais importante na vida. Ele deve vir naturalmente a você, como consequência de seu trabalho honrado"
Realmente, perder a confiança é grave, pois não há como recuperá-la com dinheiro. No entanto, a coragem franca é a virtude capital. Sem coragem, perdemos as mais esplêndidas chances da vida. O covarde erra o alvo e, por fim, perde a si próprio.
Quem trilhar essa estrada entenderá a filosofia
Kyokushin, que se resume em:
- Ser rigoroso consigo mesmo
- Ser compreensivo com seus semelhantes
- Venerar seus pais
- Ser fiel à pátria.
Esses princípios norteiam a vida do atleta, para
que não seja dominado pelo egoísmo; jamais use a agressão física; seja sempre
generoso com os fracos; respeitoso e afetuoso com os pais e irmãos; dando tudo
de si, velando e trabalhando pelo progresso e pela paz da pátria e da
humanidade.
Para realizar essas recomendações, é preciso que
saiba defender a si mesmo e aos outros. Do contrário, não poderá nunca defender
sua organização e servir seu país e a humanidade. Para isso, é necessário
humildade, sem se esquecer de manter a vigilância elevada; falar pouco e ter o
coração aberto, transbordando amor e misericórdia. É importante ter uma visão
ampla para poder enxergar sob todos os ângulos.
Dessa forma, será honrado por todos, querido e
amado.
Só um homem de boa saúde física espiritual poderá
ser forte o bastante para ser um bom líder e um bom administrador.
A expectativa de vida de um homem é de cerca de
setenta anos. Façam dessa vida, curta e longa ao mesmo tempo, algo maravilhoso,
meritório e repleto de paz.
A todos aqueles que aprendem e praticam Kyokushin,
peço que não se esqueçam desses ensinamentos, dediquem-se arduamente aos
treinamentos diários e sejam cada vez mais felizes. É o que rogo a Deus.
DOJO KUN
1 – Treinaremos firmemente nosso coração e nosso
corpo para termos o espírito inabalável.
2 – Alimentaremos a verdadeira significação da arte
marcial do karatê, para que no devido tempo os nossos sentidos possam atuar
melhor.
3 – Com verdadeiro vigor procuraremos cultivar o
espírito de abnegação.
4 – Observaremos as regras de cortesia, respeito
aos nossos superiores e de abstermo-nos da violência.
5 – Seguiremos nosso Deus e eternas verdades e
jamais esqueceremos a verdadeira virtude a humildade.
7 – Toda nossa vida através da disciplina do
karatê, procuraremos preencher, a verdadeira significação da filosofia da vida.
Fonte: www.ishindo.org.br
SHITO-RYU KARATÊ-DÔ
Shito-ryu Karatê-Dô (em japonês: 糸東流, Shitō-ryū) é um estilo de karatê, criado
(oficialmente) em 1931 por Kenwa Mabuni, que sintetizou os estilos
tradicionais, Tomari-te, Shuri-te e Naha-te, no escopo de preservar as técnicas
ensinadas à época pelos renomados mestras Anko Itosu, do estilo de Shuri ou
Shorin-ryu, e Kanryo Higaonna, do Naha-te ou Shorei-ryu, manutenindo aquelas
formas e variações dos kata por estes últimos ensinadas, no que resultou no
maior repertório dos estilos de caratê. Ainda nesse fito, a denominação da
linhagem foi dada em homenagem aos dois mestres, pois o repertório técnico do
sistema orbita em torno dos sistemas desse dois grandes mestres de caratê, que
representavam também as vertentes principais da arte marcial.
O estilo é um dos quatro oficialmente
reconhecidos pela Federação Mundial de Caratê. Outro memento importante da
linhagem é o fato de formar outros grandes mestres, os quais acabaram por
instituir suas próprias entidades, com características próprias mas sempre
conectadas à vertente principal, como as escolas Motobu-ha Shito-ryu e
Hayashi-ha Shito-ryu.
O mestre Kenwa Mabuni, nascido na cidade de
Shuri, na ilha principal do arquipélago/distrito de Oquinaua, era membro da
tradicional aristocrática local, descendente de uma famosa família denominada
Shikozu (de casta de Samurais).
Porque a compleição corporal era débil, aos
13 anos, Mabuni começou a treinar Shuri-te em sua cidade natal, sob a tutela do
lendário mestre Anko Itosu, com quem passou vários anos, aprendendo diversos
katas e outras técnicas.
Entrementes, por intermédio de um de seus
melhores amigos, o reconhecido mestre Chojun Miyagi, fundador do estilo
Goju-ryu, apresentou Mabuni a outro grande expoente das artes marciais daquele
período chamado Kanryo Higaonna, com quem começou a aprender outro sistema, o
Naha-te.
Embora Mabuni estivesse a treinar a mesma
arte marcial, de Okinawa, foi submetido a duas concepções bem diferentes: o te
ensinado por Anko Itosu compunha-se de técnicas velozes, fortes e poderosas,
com deslocamentos lineares, longos e angulosos; por sua vez, a arte de Higaonna
possuia métodos baseados em movimentos circulares, fortalecimento do corpo e
combates a curta distância, com prevalência de golpes manuais. Não se dando por
satisfeito, Mabuni foi estudar outras formas com outros mestres, como seu amigo
Miyagi e Seisho Aragaki, Tawada Shimboku, Sueyoshi Jino e Wu Xianhui (um mestre
chinês conhecido em Oquinaua como Go-Genki).
Kenwa Mabuni
O mestre Mabuni reuniu muitos conhecimentos
sobre kihons e katas e suas aplicações — o bunkai —, tornando-se lendário por
isto e, já por volta de 1920, era considerado como a maior autoridade na
prática e na história dos katas do te, pelo que seria muito solicitado como
professor por seus contemporâneos.
Nesse meio-tempo, somando esforços com Gishin Funakoshi (de quem era amigo próximo e com ele trocava conhecimentos), no fito de divulgar e popularizar sua arte marcial no restante do Japão, o mestre Mabuni empreendeu viagens para Tóquio entre os anos de 1917 e 1928 e, no ano seguinte, fixou residência em Osaca.
Segundo o próprio mestre dizia, não existia um estilo próprio dele, Mabuni, o que ele ensinava eram os estilos Shuri-te e Naha-te puros, conforme havia aprendido com seus dois principais mestres. Todavia, em 1931, por requisição do instituto Butoku-kai (órgão sob a tutela do Ministério da Eduação Japonês, que tinha a incumbência de registrar e regulamentar as artes marciais japonesas), que demandava um nome para ser registrado, Mabuni teve sua forma reconhecida como Mabuni-ryu, nome usado por seus discípulos, especialmente em Osaca.
Nesse meio-tempo, somando esforços com Gishin Funakoshi (de quem era amigo próximo e com ele trocava conhecimentos), no fito de divulgar e popularizar sua arte marcial no restante do Japão, o mestre Mabuni empreendeu viagens para Tóquio entre os anos de 1917 e 1928 e, no ano seguinte, fixou residência em Osaca.
Segundo o próprio mestre dizia, não existia um estilo próprio dele, Mabuni, o que ele ensinava eram os estilos Shuri-te e Naha-te puros, conforme havia aprendido com seus dois principais mestres. Todavia, em 1931, por requisição do instituto Butoku-kai (órgão sob a tutela do Ministério da Eduação Japonês, que tinha a incumbência de registrar e regulamentar as artes marciais japonesas), que demandava um nome para ser registrado, Mabuni teve sua forma reconhecida como Mabuni-ryu, nome usado por seus discípulos, especialmente em Osaca.
Por volta de 1933, Kenwa Mabuni estabeleceu
um método teórico baseado na combinação/fusão dos ensinamentos de seus mestres,
resultando ao longo dos anos em um estilo próprio, que foi a priori chamado de
Hanko-ryu (estilo metade duro), mas logo cambiou-se para Shito-ryu, em
reverência a seus dois principais instrutores. E, em 1938, foi publicado o
livro Kobokenpo Karate-do Nyumon (Introdução ao Karate-dô), quando pela
primeira vez aparece oficialmente o nome Shito-ryu.
Depois do falecimento de Kenwa Mabuni, Kennei
Mabuni, filho mais velho do fundador, assumiu a liderança do estilo. Depois,
seu segundo filho, Kenzo Mabuni, em atendimento à solicitação de sua mãe,
depois de um afastamento de dois anos, assumiu a entidade fundada por seu pai —
Nippon Karate-do Kai, localizada na casa da família, em Osaca —, tornando-se o
segundo a dirigi-la e herdeiro directo do mestre Mabuni.
Todavia, muitos outros foram ensinados
diretamente por Kenwa Mabuni ou por seus discípulos diretos, como Teruo
Hayashi, Shogo Kuniba, Chuzo Kotaka, Tanka Toji, Fumio Demura, Shigeru Kimura,
Shiraishi Tsunetaka, Yoshiaki Tsujikawa, Kazuo Kokubo, Ken Sakio, Jun-Ichi
Inoue, Toshiyuki Imanishi, Yoshijaru Yoshida e Tokyo Hisatomi, entre outros,
que criaram instituições próprias, ensinado o estilo conforme suas visões.
A sede central da Nippon Karate-do Kai ficava
no distrito de Kansai, em Osaca. Porém, devido aos esforços de Manzo Iwata, foi
estabelecida uma filial no leste, em sua própria casa, localizada no distrito
de Kanto, em Tóquio.
Em novembro de 1960, a matriz de Kansai foi
restabelecida por Kennei Mabuni. Enquanto Manzo Iwata foi nomeado Presidente da
filial de Kanto. Depois, em abril de 1964, foi realizado o First All Japan
Shito-ryu Championship, pois até então todos os eventos, seminários e torneios
haviam sido feitos separadamente e, em outubro do mesmo ano, foi criado um
órgão para administrar o caratê no Japão, a Federação Japonesa de Caratedô (em
inglês: Japan Karate Federation – JKF), formalmente conhecida como Federação de
Todo o Japão das Organizações de Caratedô (em inglês: Federation of All Japan
Karate-do Organizations – FAJKO).
Em 1973, as filiais da Nippon Karate-do Kai
foram unificadas, passando a chamar-se Nippon Karate-do Shito-kai. Com a
unificação, a esta organização iniciou sua divulgação internacional, mestres
foram enviados à Ásia, América Latina, Estados Unidos, Cuba, México e Europa.
Representantes oficiais dos diferentes países
reuniram-se na cidade do México, em novembro de 1990, para discutir o
desenvolvimento do caratê no mundo e a criação da Federação Mundial do Caratedô
Shito-ryu (em inglês: World Shito-ryu Karate-do Federation- WSKF). A mesma
pauta voltou a ser discutida durante o primeiro Campeonato Pan-Americano de Caratedô
Shito-kai. Finalmente, em 19 de março de 1993, com o surgimento de vários
grupos por todo o mundo, durante o congresso de Osaca foi criada a entidade,
com Manzo Iwata como presidente.
Oficialmente, o primeiro Campeonato Mundial
de karate Do Shito-ryu foi realizado no Nippon Budokan em Tóquio, juntamente
com a continuação do congresso de Osaca, evento que contou com a participação
de 28 países.
Embora tenham surgido algumas ramificações,
após a morte de Kenwa Mabuni, o estilo permanece único e faz parte dos anais da
história das artes marciais japonesas.
Características
O Sensei Mabuni dedicou-se a preservar
exatamente a forma e a essência das técnicas tradicionais, ensinando-os
exatamente como lhe foram ministrados, de modo a consolidar os três grandes
estilos, Shuri-te, Naha-te e Tomari-te, em um único sistema detalhado,
resultando na combinação das características dos estilos mais suaves e linear
Shuri-te e Tomari-te, de Anko Itosu, com o estilo duro-circular do Naha-te, de
Kanryo Higaonna. Porém, Kenwa Mabuni não se contentou em mesclar as correntes,
também sistematizou o treinamento de maneira racional e científica, construíndo
uma verdadeira e original sínteses, posto que lastreada de forma fiel nos de
diversos mestres.
O estilo é o sistema mais extenso de caratê
que existe, que se distingue dos demais pelo grande número de katas, pela
suavidade e versatilidade das técnicas de combate e pela inclusão de técnicas
de solo (ne waza) e do uso de armas (kobudo).
Desde os Shuri-te e Tomari-te foram herdadas
as técnicas lineares baseado no estilo externo proveniente do norte da China
que tem como principais características à velocidade, a agilidade, a explosão,
as técnicas em linha reta, os chutes altos e as posições naturais. Em verdade,
à época da formação do estilo, o mestre Itosu ensinava um já previamente
condensado dos dois estilos, que se convencinou chamar de Shorin-ryu.
Do Naha-te, de Kanryo Higaonna, o estilo
herdou o paradigma de técnicas suaves e circulares, baseado no estilo “interno”
proveniente do sul da China que tem como principais características a força
concentrada, a busca pelo combate a curta distância, as técnicas circulares,
chutes baixos, as posições estáveis e a respiração abdominal (Ibuki).
As posições de treinamento em kihons buscam
ser naturais, nem muito baixas, nem muito altas, existindo pouca diferença
entre o treinamento e a aplicação real. Pero as posturas mais baixas foram
completamente preservadas, segundo o intuito do fundador, de modo exato.
As diversas posições são utilizadas em todas
as direções, sempre coordenando simultaneamente técnica, corpo e quadril. A
forma de fechar o punho é o mesmo utilizado pelas outras escolas de caratê,
porém o hikite é feito na “metade do corpo”. E a força das técnicas
concentra-se no baixo ventre (tanden), onde reside o centro de gravidade.
Denominação
O termo Shito-ryu provém das iniciais dos
nomes dos dois principais mestres de Mabuni, Anko Itosu (安恒糸洲?) e Kanryo Higaonna (寛量東恩納?): o ideograma 糸representa a sílaba “ito” do nome “Itosu”,
podendo ser lido como “shi”; o ideograma 東 representa a sílaba “higa” do nome “Higaonna”,
com pronúncia alternativa de “to”; quando lidos desta forma os caracteres, em
on’yomi, soam “shi”-”to”.
O ideograma ryu (流?) literalmente significa “corrente” ou “fluxo”,
pero na cércea das artes marciais referem-se a uma escola original. Desta
feita, embora não tenha um significado literal, Shito-ryu pode ser traduzido
como “estilo dos mestres Itosu e Higaonna”.[6]
Kihon
As defesas são geralmente trabalhadas em um
ângulo de 45°, utilizando técnicas tanto com as mãos abertas como com os punhos
fechados, sempre percorrendo a menor trajetória possível e o menor gasto de
energia, agrupando-se-as em cinco conceitos fundamentais, chamadas pelo mestre de
GoHō no Uke (五
法 の 受け) eller Uke no go Gensoku (受け の 五 原則), que são:[7]
Rakka (落花? flor cadente): quando o fito for conter um ataque fora do eixo central, deve-se bloqueá-lo
Rakka (落花? flor cadente): quando o fito for conter um ataque fora do eixo central, deve-se bloqueá-lo
com toda a força, usando de potência tal que
se fosse desferido o golpe contra uma árvore florida, esta perderia todas as
flores;
Kusshin (屈伸? torção): o controlo de um movimento deve
ser feito com o movimento do corpo, tendo por espeque as articulações dos
joelhos, isto é, o tronco permanece ereto, quando em postura fixa, e a força e
o equlíbrio originam-se na articulação das pernas, resultando no mínimo uso de
energia própria. Controlo do centro de gravidade;
Ryusui (流水 ryū-sui?, água fluente): tal como a água se
molda a qualquer recipiente que a contenha, assim deve ser a postura ante o
oponente, ou seja, perante a força usa-se a suavidade, ou em vez de bloquear o
lanho, deve-se interceptá-lo e conduzi-lo para onde se quer. O ki exterior é
recebido pelo inteior;
Ten’i (転移? transição): antes de ser atingido por qualquer golpe, melhor é não ser atingido, fazendo-se movimentação constante e coerente. Mas não se trata de simples esquiva;
Ten’i (転移? transição): antes de ser atingido por qualquer golpe, melhor é não ser atingido, fazendo-se movimentação constante e coerente. Mas não se trata de simples esquiva;
Hangeki (反撃?): contra-ataque utilizado como defesa,
ikken hissatsu.
Outro conceito muito importante praticado no
estilo é o Tenshin happo (deslocamento nas oito direções).
A despeito de o caratê ter sempre enfatizado as técnicas traumáticas (ate e atemi waza, são praticadas técnicas de controle do oponente (gyaku waza), projeções (nage waza), estrangulamentos (shime waza), torções (kansetsu waza) e submissões (katame waza), preservadas nos katas, principalmente.
A despeito de o caratê ter sempre enfatizado as técnicas traumáticas (ate e atemi waza, são praticadas técnicas de controle do oponente (gyaku waza), projeções (nage waza), estrangulamentos (shime waza), torções (kansetsu waza) e submissões (katame waza), preservadas nos katas, principalmente.
Os ataques avançando são geralmente em linha
reta e as técnicas sejam de perna, punho ou um simples deslocamento são
executadas em grande velocidade. Os chutes são executados nos níveis: gedan
(nível baixo), chudan (nível médio) de uma forma principal, embora nos
treinamentos também sejam trabalhados a nível Jodan (nível alto) e inclusive
com Tobi (salto), sem restrição alguma.
Também é uma característica complementar do
estilo o estudo e prática do Ryukyu Kobudo (arte marcial antiga de Oquinaua).
Kata
O repertório dos kata é virtualmente o maior
de todos os estilos modernos da arte marcial, haja vista o conhecimento pessoal
do mestre Mabuni, que era tido por enciclopédico, e por contribuições incorporadas
ao longo do tempo pelos herdeiros da linhagem e por alunos que se tornaram
mestres de relevo. Trabalha-se nos bunkai e kumite sempre buscando o controle
do adversário durante todo o processo técnico e com o desenvolvimento baseado
na harmonia e na continuidade do movimento.
Atualmente, se forem consideradas as
diferentes linhagens, existem mais de setenta formas, embora apenas 52 delas
sejam oficialmente reconhecidas pela Federação Mundial de Shito-ryu, pois as
demais variações foram acrescidas por seus discípulos ao sistema. Os katas do
estilo possuem uma beleza plástica extraordinária devido à grande combinação que o permeia.
Fonte: www.ishindo.org.br
SHORYN-RYU KARATÊ-DÔ
A Escola(ryu) Shorin de
Karatê-dô de Okinawa se desenvolveu através do intercâmbio cultural entre as
dinastias Ryukyu e as dinastias chinesas. E isso é facilmente percebido pela
observação e estudo das formas do kata Naihanchi, que conserva nitidamente os
fundamentos do Hokunda Sorin (Shaolin do Norte), arte chinesa muito difundida
nos mosteiros budistas da China.
Nesta época, o arquipélago Ryukyu era formado por aproximadamente 70 ilhas, localizado entre Taiwan e o Japão. Okinawa é a principal ilha deste arquipélago, que se dividia em três reinos: Hoku San, Chu San e Nan San; mais tarde, em 1429, unificada pelo Rei ShoShin de Chu San, que buscando a estabilidade política e paz no seu reino, proibiu o uso de armas.
Ao estudarmos a origem do Karatê, podemos ver
que havia, naquela época, três cidades muito importantes em Okinawa: Shuri (a
capital), Naha e Tomari Gusuku (distrito de controle direto da dinastia).
Devido ao desenvolvimento do Te em cada uma delas ser um pouco diferente, cada
“estilo” adotou o nome da cidade onde estava sendo desenvolvido. Assim surgiram
o Shuri-te, o Naha-te e o Tomari-te.
Esta escola de Karatê descende diretamente do
Shuri-te, que era uma arte marcial permitida somente para oficiais militares e
samurais da dinastia Ryukyu, centralizada ao redor do castelo de Ryukyu e foi
transmitida ao longo das gerações na forma que se segue:
1º Sokon Matsumura (orientador de artes
marciais e diretamente ligado ao Rei)
2º Anko Itosu (secretário da Família Real)
3º Chosin Chibana Sensei.
O Shuri-te era um estilo considerado como
derivado do “Shaolin externo”, bastante explosivo e rápido. Um dos grandes
mestres deste estilo foi Sokon “Bushi ” Matsumura (1809-1901), aluno do mestre
Sakugawa. Este mestre ensinou sua arte não só aos habitantes de Shuri como a
alguns praticantes das outras cidades. O Naha-te era um estilo forte e que
fazia ênfase na respiração e como tal, foi descrito como “Shaolin interno”.
O “Shuri-te” era chamado de escola Shorin e
“Naha-te” de escola “Shorei”. Na época de seus melhores discípulos, a escola
“Shorin” (mata luminosa) foi denominada de escola “Shorin” (mata pequena) pelo
professor Choshin Chibana (falecido) e a escola “Shorei” denominada “Goju” pelo
professor Chojun Miyagui (falecido) e assim continua até hoje.
Foi justamente na época do Sensei Chosin
Chibana que o Shorin-Ryu Karatê-Dô foi denominado Okinawa Karatê-Dô Shorin-ryu.
Como as características do Estilo Shorin,
temos os seguintes pontos principais:
RESPIRAÇÃO: O método de respiração deve ser com
postura natural sem mostrar “suki” (momento instantâneo de desatenção,
descuido, imprudência, precipitação) e/ou “iro”(cor ou fisionomia do rosto) ao
adversário. É importante dar um movimento rápido com inteligência. Portanto,
não pode alterar a cor do rosto e, a respiração e inspiração não podem ser
percebidas pelo adversário
FORÇA: A aplicação da força é de dentro pra fora e é importante concentrá-la instantaneamente. Portanto, embora a linha de “enbu” (movimento das partes do corpo durante o exercício de arte marcial) seja reta, para o ataque e a defesa são exigidas agilidade aproveitando o movimento circular e, eles devem ser reunidos em um só movimento com rapidez e inteligência.
LONGEVIDADE: No estilo Shorin-Ryu, por causa das suas características, há muito mais pessoas de longa vida, e nas épocas em que diziam que a vida do homem é de cinqüenta anos, os mestres terminavam a vida com mais de oitenta anos. Este fato da convicção de que este estilo é uma arte marcial mais apropriada para saúde também.
Assim, o Wado-Ryu Karatê-Dô se baseia em três alicerces:
– Filosofia do Budô;
– Desenvolvimento Esportivo;
– Convívio Social.
– Desenvolvimento Esportivo;
– Convívio Social.
E tem como objetivo criar um homem útil tanto
a sociedade como à família, tornando seu praticante forte fisicamente e
equilibrado mentalmente.
Fonte: www.ishindo.org.br
WADO-RYU KARATÊ-DÔ
O Wado-Ryu (caminho da paz) é um estilo de Karatê-Dô criado, em 1934, pelo Sensei Hironori Otsuka, à partir das técnicas do Ju-jutsu tradicional japonês, mescladas às técnicas de diferentes estilos de Karatê-Dô, com maior ênfase no estilo Shotokan, criado e difundido por O-Sensei Gichin Funakoshi.
A idéia de Wado-Ryu Jujitsu Kenpo é “paz e
harmonia”. Hironori Otsuka – seu fundador – ensinou em sua poesia “TEN,CHI,JI
NO RI-DO WASURU” que o caminho das artes marciais não deve ser meramente
técnica de luta mas o caminho da paz e harmonia. A meta da prática desse estilo
é trazer paz e harmonia, o que é mais difícil de ser atingido do que a vitória
pela violência. A filosofia do Wado-Ryu Karatê-Dô enfatiza o cultivo, por seus
praticantes, de uma força de vontade inabalável e um corpo saudável, bem como
uma grande inteligência para realizar o ideal de paz e harmonia, o que é
necessário no mundo presente.
A poesia “TEN, CHI, JI NO RI-DO NI WASARU ”
significa:
O primeiro e o último Kanji juntos formam a
letra WADO.
O Kanji TEN significa o céu, o paraíso e o
ar.
CHI está para a terra, o solo e o chão.
JIN representa os homens, a humanidade e os
seres humanos.
RI-DO significa a razão e a verdade.
WA significa a soma do todo, a paz e
harmonia.
Essas definições são os sentidos literais do
kanji, mas envolvem muitos outros conceitos e símbolos que compreendem o mundo
existente como a luz, o sol, a chuva, a colheita dos grãos, desejo e amor. A
frase TEN, CHI, JI NO RI-DO WASARU conecta todos esses símbolos e conceitos
juntamente com TEN (céu) CHI (chão) e JIN (seres humanos) representados com
três círculos significando os princípios básicos. Esses três círculos são
envolvidos por um círculo maior chamado RI-DO (razão). RI-DO pode ser usado em
combinação com qualquer um dos três princípios básicos e essas combinações são
naturalmente executadas quando WA (paz e harmonia) é criada e é representada
por um círculo maior que envolve todos os outros princípios.
Criar a harmonia (WA) é a condição mais
difícil em artes marciais. Para se fazer isso você deve afiar seu intelecto não
apenas através do treinamento físico, mas também do treinamento mental. As
artes marciais não são um esporte. Enquanto os esportes estão relacionados com
o conceito de vencer, as artes marciais se preocupam com a idéia de crescer. A
filosofia da Wadô-Ryu pode ajudar a pessoa a crescer em qualquer área da vida.
Fonte: www.ishindo.org.br
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